Como se come um Elefante? E como temos passado o tempo?
Ando falhando, atropelando meus compromissos e tentando me enganar, achando que seria possível ter um vira-tempo e estar em vários lugares ao mesmo tempo. Mas a voz na minha cabeça logo me lembra: “Você acha que está enganando quem?”
No meu percurso como autônoma e em aprendizado, tive a baita sorte e privilégio de cruzar com a Pri Tescaro, que me convidou para fazer parte da comunidade que ela criou e administra: "Carreiras em Movimento". Mesmo não podendo estar presente de forma síncrona nos últimos dois encontros, a comunidade tem sido um presente e um respiro na minha rotina.
No dia a dia, há pessoas que sugam nossa energia e outras que nos nutrem; a comunidade certamente está na segunda categoria. Ouvir pessoas e profissionais tão incríveis partilhando sobre o tempo foi tudo o que eu precisava para pausar.
Entre todos os aprendizados, ouvi reflexões como: “Quando estou ansiosa, vou para a barriga de Chronos”, “Essa pressa toda é para chegar onde?”, “Qual lente estamos usando para olhar o tempo? A de performance? Se performei bem, usei meu tempo bem”, “Como mudar o mundo do trabalho se as pessoas estão sempre acompanhadas de suas pressas?” e “Vamos normalizar a academia às 11h?”.

E então, em algum momento da gravação, escuto: “Como se come um elefante?”. Pausei... O que será que eu perdi? Embora a resposta seja óbvia — uma parte por vez, porque é impossível comer tudo de uma vez —, senti que era exatamente o chacoalhão que eu precisava: não se fazem múltiplas tarefas ao mesmo tempo, faz-se uma por vez. Não se constrói um aprendizado ou um projeto novo de uma só vez; são pequenas etapas, uma de cada vez. Não se reconstrói sua relação com o tempo indo dormir e acordando no dia seguinte; isso acontece incluindo um novo pequeno hábito por vez.
E é isso que vou me permitir fazer aqui: compartilhar um pedacinho por vez sobre o meu aprendizado e doutorado informal. O aprendizado, assim como o tempo, não acontece em um passe de mágica.
Como reflexão final, compartilho aqui minha narrativa e interpretação do “Manifesto ao Tempo”, criado coletivamente no encontro da Comunidade Carreiras em Movimento. Se permita pausar para escutar:
Não podemos gerenciar o tempo; ele simplesmente passa. Mas podemos fazer escolhas sobre como usá-lo. Aqui vão duas dicas de conteúdos que escolhi para passar bem o meu tempo; talvez ajudem você também:
A newsletter da Pri Tescaro, Carreiras Múltiplas, tem sido essencial para o meu percurso como autônoma.
Um artigo da Maki sobre "desancorar-se", caso você queira saber mais sobre como comer um elefante.
Ínpeto narrativos, fragmentos do que se pode guardar, da Isis klüber, amei aprender que a** a palavra olhar é guardare em italiano. E fiz um paralelo do que vivencio do meu tempo que quero guardar? Tem me ajudado a escolher prioridades.
E você, como anda passando seu tempo?
Fê, obrigada pela partilhar nossa comunidade e por estar tão presente nas minhas “aventuras”. Cada vez mais tenho pensado sobre nossa relação com o tempo e essa é uma das coisas que quero (ou será que preciso?) mudar em 2025. Quero ter uma relação de parceria com ele e não viver em uma eterna disputa onde só ele tem ganhado!
eu amei “como comer um elefante?". vou adicionar na minha lista de perguntas para me fazer quando estou brigando com o tempo! tenho refletido muito sobre esse tema nos últimos meses e chegando a mesma conclusão que você “não podemos gerenciar o tempo; ele simplesmente passa. mas podemos fazer escolhas”. é isso <3 amei o texto Fê, e fiquei emocionada com a menção!! aguardando os próximos :)